16.8.08
DIAS DIFÍCEIS
Vivemos dias muito difíceis. Os frutos dessa atmosfera densa e pesada não são nada agradáveis: famílias desestruturadas, fraqueza espiritual, desânimo, decepção... A lista é muito grande e não dá para impedir o seu crescimento. Pode acreditar, não é pessimismo, é realismo.
A Palavra de Deus fala de um tempo em que os homens não suportariam a sã doutrina, enfatizando que a Verdade seria resistida, rejeitada e desprezada. A profecia sugere ainda, que a palavra escrita teria pouco valor, o que propõe uma certa carência de pregadores sóbrios, entendidos e equilibrados. Além disso, a história nos mostra que quando a Verdade é rara, proliferam as superstições e os desvios morais. Sem dúvida, nossos dias são proféticos.
Como reagir a tudo isso? Como nos defendermos contra esse desprezo às Escrituras? Como nos proteger da ação de pregadores pouco recomendáveis, sem exercer juízo infamatório? Não são perguntas que merecem qualquer resposta. Tenho convicção de que a sobrevivência espiritual nesse momento, depende de apegarmo-nos com grande amor à Palavra e pedirmos a Deus que nos dê discernimento.
A Bíblia nos informa que os bereanos foram mais nobres do que os tessalonicenses. Embora Deus não faça acepção de pessoas, os bereanos destacaram-se pelo seu discernimento espiritual, fundamentado no exame das Escrituras. É essa atitude que nos enobrece.
Ter o hábito de examinar com cuidado o texto sagrado é que nos garantirá saúde espiritual. Além disso, só podemos exercitar discernimento se formos expostos a erros e equívocos doutrinários, e isto acontece todo tempo: é aquele irmão ou irmã que surge com alguma coisa que ouviu no rádio, na TV ou WEB; o pregador que ouvimos numa campanha de libertação na igreja x,y ou z; alguém que nos visita trazendo algo que não pode ser confirmado pela boa tradição dos apóstolos; o DVD que assistimos de um grupo de louvor do outro lado do mundo e etc...
Por essas e outras razões, venho propondo há muito tempo a edificação de uma igreja com fundamentos comunitários e totalmente submissa à sã doutrina. Quem tiver o mesmo espírito, dê-me a mão.
14.8.08
ALGUÉM AÍ?
De vez em quando me bate um imenso sentimento de solidão. Não se trata de solidão física porque estou sempre cercado de gente maravilhosa. Trata-se de solidão no plano das idéias, das compreensões e da visão da vida. Tenho muitas vezes a sensação de que estou desejando ir numa direção e que ninguém está muito interessado em me acompanhar. Mas, lá uma vez ou outra, Deus me mostra que há sempre um eleito ouvindo, talvez para me manter encorajado a proclamar o Evangelho sob a Sua inteira dependência.
Nessa minha peregrinação solitária como pregador tupiniquim, comunicando a um povo cujo a formação religiosa deu-se em torno de ocas, fogueiras e invocações espiritualistas; senzalas, tambores, deuses e orixás; catequese forçada, santos e os encantos desconexos entre a beleza litúrgica e a escravidão; confesso que encontro dificuldades para fazê-lo enxergar a cruz e desenvolver a fé, dissociada dessa herança espiritual que o acompanha desde sempre e se encontra presente em todas as camadas da sociedade. Além disso, o neopentecostalismo radical resolveu surfar na onda dessa espiritualidade misturada, desengavetando o medievalismo das indulgências e as promessas ilusórias de milagres, transformando a comunidade cristã numa grande feira-livre de promessas milagrosas. Não é preciso dizer que tudo isto é como mel para os ursos.
Como se tudo isto não bastasse, sou confrontado a todo momento, forçando-me a explicar muito mais frequentemente quem sou do que no que creio. Estou consciente de que não posso fugir dessa acariação popular, afinal, religião é algo que mexe com as massas. Tenho paciência para conversar e aproveito a oportunidade para convidar os mais questionadores a andarem do meu lado. Mas, não demora muito, a curiosidade é satisfeita e "lá se vai a pomba do pombal" em busca de uma nova aventura.
O cenário cristão brasileiro não é positivo. Não é Cristianismo aquilo que se supõe tomar lugar em templos espalhados pelo país - as terminologias, chavões e formato, pode parecer, mas uma avaliação mais cuidadosa nos chocará. Há sem dúvida um movimento religioso, mas não é o resultado da obra de Cristo, porque nem mesmo Sua Palavra é considerada. Grito, choro, sofro, prego, ensino, mas não tem jeito. Não há como competir com a toalha ungida, com as personalidades carismáticas, com a mídia esmagadora e com o sal grosso, o erro e a mentira encantam pela sedução da ganância. É o fim!
Há alguém aí? Há alguém vendo o que estou vendo? Há alguém que ainda queira experimentar um Cristianismo vazio do exercício do poder? Alguém que deseje separar-se desse mundo mal; amar o próximo como a si mesmo; ter uma família feliz e um coração para levar o Evangelho aos perdidos? Alguém que não vise o lucro, a fama e o sucesso? Se você estiver me ouvindo, avise-me.
Nessa minha peregrinação solitária como pregador tupiniquim, comunicando a um povo cujo a formação religiosa deu-se em torno de ocas, fogueiras e invocações espiritualistas; senzalas, tambores, deuses e orixás; catequese forçada, santos e os encantos desconexos entre a beleza litúrgica e a escravidão; confesso que encontro dificuldades para fazê-lo enxergar a cruz e desenvolver a fé, dissociada dessa herança espiritual que o acompanha desde sempre e se encontra presente em todas as camadas da sociedade. Além disso, o neopentecostalismo radical resolveu surfar na onda dessa espiritualidade misturada, desengavetando o medievalismo das indulgências e as promessas ilusórias de milagres, transformando a comunidade cristã numa grande feira-livre de promessas milagrosas. Não é preciso dizer que tudo isto é como mel para os ursos.
Como se tudo isto não bastasse, sou confrontado a todo momento, forçando-me a explicar muito mais frequentemente quem sou do que no que creio. Estou consciente de que não posso fugir dessa acariação popular, afinal, religião é algo que mexe com as massas. Tenho paciência para conversar e aproveito a oportunidade para convidar os mais questionadores a andarem do meu lado. Mas, não demora muito, a curiosidade é satisfeita e "lá se vai a pomba do pombal" em busca de uma nova aventura.
O cenário cristão brasileiro não é positivo. Não é Cristianismo aquilo que se supõe tomar lugar em templos espalhados pelo país - as terminologias, chavões e formato, pode parecer, mas uma avaliação mais cuidadosa nos chocará. Há sem dúvida um movimento religioso, mas não é o resultado da obra de Cristo, porque nem mesmo Sua Palavra é considerada. Grito, choro, sofro, prego, ensino, mas não tem jeito. Não há como competir com a toalha ungida, com as personalidades carismáticas, com a mídia esmagadora e com o sal grosso, o erro e a mentira encantam pela sedução da ganância. É o fim!
Há alguém aí? Há alguém vendo o que estou vendo? Há alguém que ainda queira experimentar um Cristianismo vazio do exercício do poder? Alguém que deseje separar-se desse mundo mal; amar o próximo como a si mesmo; ter uma família feliz e um coração para levar o Evangelho aos perdidos? Alguém que não vise o lucro, a fama e o sucesso? Se você estiver me ouvindo, avise-me.
12.8.08
UM TRISTE VAI E VEM
É da experiência de todo pastor, conviver com o intenso vai e vem de pessoas oriundas de outras igrejas evangélicas. Devo confessar que não consigo reagir muito bem às deserções, por isso, me incomoda muito esta migração interminável, mesmo porque, raramente produz um fruto abençoado. Na maior parte das vezes o resultado é sofrível e o rastro de problemas deixado para trás é destruidor. Entretanto, mesmo sem conseguir trabalhar isto muito bem, tenho que admitir de que se trata de um sintoma deste mal sistêmico que acompanha a ultramodernidade.
Vivemos uma era marcada pela ansiedade e que exalta a velocidade. Os recordes que eram medidos em minutos e segundos, agora já estão sendo medidos em décimos e centésimos de segundo. Eu nem posso imaginar quanto tempo é um décimo de segundo - talvez a velocidade de um pensamento - quanto mais um centésimo dessa mesma fração. Tudo isso, acrescentado de outros detalhes - dispensáveis agora - contribui para uma inquietação incurável, que explica esse senso de urgência, essa incapacidade geral para aquietar-se e esperar.
Ninguém quer gastar tempo para desfazer as malas. Confundem igreja com aeroporto - onde as malas passam pelas esteiras sem serem desfeitas. A igreja local é o destino, não é a conexão para o próximo vôo. Como pastor, fico a espera de que as pessoas desfaçam suas malas e encontrem um lugar de descanso na comunidade, mas tudo que vejo é uma multidão aflita e ansiosa por partir. Ninguém imagina o que está perdendo. Talvez seja por causa disso que eu não conviva bem com o abandono. Mas, de uma coisa estou certo: para ministrar à essa geração, terei que compreender suas angústias e suas fraquezas.
Para ajudar você a orientar-se no campo da fé, compreenda algumas coisas:
1. Tempo é um fator inexistente no campo espiritual. Deus é avesso a datas marcadas e horários humanos precisos. A precisão divina não depende do nosso relógio, mas da sua préordenança. Por isso, não vale a pena correr porque em Deus não há atrasos ou adiantamentos, só a sua vontade soberana.
2. Igreja é família; casa do Pai. Quem dela se aproxima com outra metáfora em mente, frustra-se.
3. Igreja é lugar de refúgio, de descanso. Não a veja como a sala de treinamento de uma grande corporação interessada que seus funcionários aprendam as regras da competitividade. Logo, igreja não é um lugar onde se vai, mas onde se está, onde se fica e descansa.
4. Igreja é um espaço de serviço. Ambiciosos e altivos não se sentem bem nela.
Por tudo o mais que não há espaço para falar, fique na sua igreja. Não se mova a não ser que seja por questões morais ou doutrinárias. Ame com intensidade seus irmãos e líderes. Seja simples o bastante para aprender a esperar em Deus.
Que o Senhor o abençoe!
Vivemos uma era marcada pela ansiedade e que exalta a velocidade. Os recordes que eram medidos em minutos e segundos, agora já estão sendo medidos em décimos e centésimos de segundo. Eu nem posso imaginar quanto tempo é um décimo de segundo - talvez a velocidade de um pensamento - quanto mais um centésimo dessa mesma fração. Tudo isso, acrescentado de outros detalhes - dispensáveis agora - contribui para uma inquietação incurável, que explica esse senso de urgência, essa incapacidade geral para aquietar-se e esperar.
Ninguém quer gastar tempo para desfazer as malas. Confundem igreja com aeroporto - onde as malas passam pelas esteiras sem serem desfeitas. A igreja local é o destino, não é a conexão para o próximo vôo. Como pastor, fico a espera de que as pessoas desfaçam suas malas e encontrem um lugar de descanso na comunidade, mas tudo que vejo é uma multidão aflita e ansiosa por partir. Ninguém imagina o que está perdendo. Talvez seja por causa disso que eu não conviva bem com o abandono. Mas, de uma coisa estou certo: para ministrar à essa geração, terei que compreender suas angústias e suas fraquezas.
Para ajudar você a orientar-se no campo da fé, compreenda algumas coisas:
1. Tempo é um fator inexistente no campo espiritual. Deus é avesso a datas marcadas e horários humanos precisos. A precisão divina não depende do nosso relógio, mas da sua préordenança. Por isso, não vale a pena correr porque em Deus não há atrasos ou adiantamentos, só a sua vontade soberana.
2. Igreja é família; casa do Pai. Quem dela se aproxima com outra metáfora em mente, frustra-se.
3. Igreja é lugar de refúgio, de descanso. Não a veja como a sala de treinamento de uma grande corporação interessada que seus funcionários aprendam as regras da competitividade. Logo, igreja não é um lugar onde se vai, mas onde se está, onde se fica e descansa.
4. Igreja é um espaço de serviço. Ambiciosos e altivos não se sentem bem nela.
Por tudo o mais que não há espaço para falar, fique na sua igreja. Não se mova a não ser que seja por questões morais ou doutrinárias. Ame com intensidade seus irmãos e líderes. Seja simples o bastante para aprender a esperar em Deus.
Que o Senhor o abençoe!
28.8.06
ATRAÍDOS POR CRISTO (Ele mesmo)
Cada um de nós, por força do que somos e até da nossa própria formação, temos gostos diferentes. Isto nos identifica na multidão. Ao longo da vida, vamos formando um perfil ao assimilarmos uma porção de coisas boas e ruins. Toda gente é assim. Eu sou assim e você também. De acordo com esse perfil, nos sentimos atraídos a determinadas coisas, a determinadas carreiras, livros, música e etc. Afinal é isto que nos qualifica como indivíduos únicos.
Em João 12:32, Jesus fez uma afirmação que vai na contramão do nosso conceito de individualidade. Ele disse que quando fosse levantado da terra, atrairia TODOS a SI MESMO. Bem, tenho vivido tempo suficiente para observar as reações das mais diversas pessoas a respeito de Cristo e por mais que eu tente entende-las, não consigo. Segundo o nosso conceito de individualidade, muitos podem se sentir atraídos a algo, porém, jamais "TODOS", se sentem atraídos pela mesma coisa. Na verdade, custei muito para compreender o que Jesus estava querendo dizer. Enfim, cheguei a uma conclusão: Concluí que Cristo não passa desapercebido a ninguém; ninguém consegue simplesmente ignorá-lo.
O texto do Evangelho de João faz referência ao ato da cruz. Cristo crucificado escândalo para os judeus, loucura para os gentios (1Co 1:23). As palavras de Jesus são claras. Ele disse que o quadro da cruz exerceria um poder de atração sobre a humanidade. Diante disso, de que maneira você se sente atraído à Cristo? Uns são atraídos a Ele e somente a Ele. Defino este grupo como os dos apaixonados. São aqueles para quem Cristo basta por si mesmo. O segundo grupo são dos beneficiados. Neste grupo estão aqueles que se sentem atraídos somente pelos benefícios da cruz. Eu os chamo de interesseiros utilitários. Olham para Cristo como a "galinha dos ovos de ouro". O terceiro grupo são os que se escandalizam com a cruz. São os que evitam de olhar para cruz porque ela denuncia a sua pecaminosidade.
Em qual dos três grupos você se encontra? Jesus disse que ninguém ficaria neutro diante da cruz. A sua morte de cruz atrairia todo homem, fosse para identificar-se com o seu sofrimento e dor, fosse para ter a oportunidade de encontrar nele motivo de tropeço e rejeitá-lo, ou ainda de tentar apenas se beneficiar do seu martírio. Como você se posiciona diante do Cristo crucificado?
A grande maioria não se sente a vontade identificando-se com o Cristo sofredor. Acham deprimente. Não faz o gênero de um líder de sucesso e nem demonstra o conceito de triunfo e vitória com o qual as pessoas querem identificar-se. E, não se apresse a dizer que a sua identificação é com o Cristo ressurreto, porque o Cristo ressurreto apontou para as marcas da cruz para Tomé e para os discípulos de Emaús.
O "cristão" moderno vem procurando criar novas teologias e novos cristos para que possam desenvolver uma espiritualidade mais palatável aos seus anseios, mas não podemos esquecer que a cruz é o centro do discipulado. O MOVIMENTO DA FÉ criou o cristo bilionário para satisfazer aos cobiçosos que se aproximam do cristianismo com desejos e propósitos bem definidos. A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO criou o cristo guerrilheiro que redime os violentos desde que sua violência seja em nome de uma causa nobre e busque justiça para os pobres. O MUNDO EMPRESARIAL criou o cristo líder-servidor, para poderem construir suas estratégias de vendas, contabilizarem mais lucros e venderem mais livros. OS FREUDIANOS-JUNGIANOS criaram o cristo psicólogo, como se ele não conhecesse o problema da natureza humana. Com qual destes cristos você vem se identificando?
Eu me identifico com o Cristo crucificado, ressurreto e glorificado. Ele, e somente Ele me basta.
Em João 12:32, Jesus fez uma afirmação que vai na contramão do nosso conceito de individualidade. Ele disse que quando fosse levantado da terra, atrairia TODOS a SI MESMO. Bem, tenho vivido tempo suficiente para observar as reações das mais diversas pessoas a respeito de Cristo e por mais que eu tente entende-las, não consigo. Segundo o nosso conceito de individualidade, muitos podem se sentir atraídos a algo, porém, jamais "TODOS", se sentem atraídos pela mesma coisa. Na verdade, custei muito para compreender o que Jesus estava querendo dizer. Enfim, cheguei a uma conclusão: Concluí que Cristo não passa desapercebido a ninguém; ninguém consegue simplesmente ignorá-lo.
O texto do Evangelho de João faz referência ao ato da cruz. Cristo crucificado escândalo para os judeus, loucura para os gentios (1Co 1:23). As palavras de Jesus são claras. Ele disse que o quadro da cruz exerceria um poder de atração sobre a humanidade. Diante disso, de que maneira você se sente atraído à Cristo? Uns são atraídos a Ele e somente a Ele. Defino este grupo como os dos apaixonados. São aqueles para quem Cristo basta por si mesmo. O segundo grupo são dos beneficiados. Neste grupo estão aqueles que se sentem atraídos somente pelos benefícios da cruz. Eu os chamo de interesseiros utilitários. Olham para Cristo como a "galinha dos ovos de ouro". O terceiro grupo são os que se escandalizam com a cruz. São os que evitam de olhar para cruz porque ela denuncia a sua pecaminosidade.
Em qual dos três grupos você se encontra? Jesus disse que ninguém ficaria neutro diante da cruz. A sua morte de cruz atrairia todo homem, fosse para identificar-se com o seu sofrimento e dor, fosse para ter a oportunidade de encontrar nele motivo de tropeço e rejeitá-lo, ou ainda de tentar apenas se beneficiar do seu martírio. Como você se posiciona diante do Cristo crucificado?
A grande maioria não se sente a vontade identificando-se com o Cristo sofredor. Acham deprimente. Não faz o gênero de um líder de sucesso e nem demonstra o conceito de triunfo e vitória com o qual as pessoas querem identificar-se. E, não se apresse a dizer que a sua identificação é com o Cristo ressurreto, porque o Cristo ressurreto apontou para as marcas da cruz para Tomé e para os discípulos de Emaús.
O "cristão" moderno vem procurando criar novas teologias e novos cristos para que possam desenvolver uma espiritualidade mais palatável aos seus anseios, mas não podemos esquecer que a cruz é o centro do discipulado. O MOVIMENTO DA FÉ criou o cristo bilionário para satisfazer aos cobiçosos que se aproximam do cristianismo com desejos e propósitos bem definidos. A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO criou o cristo guerrilheiro que redime os violentos desde que sua violência seja em nome de uma causa nobre e busque justiça para os pobres. O MUNDO EMPRESARIAL criou o cristo líder-servidor, para poderem construir suas estratégias de vendas, contabilizarem mais lucros e venderem mais livros. OS FREUDIANOS-JUNGIANOS criaram o cristo psicólogo, como se ele não conhecesse o problema da natureza humana. Com qual destes cristos você vem se identificando?
Eu me identifico com o Cristo crucificado, ressurreto e glorificado. Ele, e somente Ele me basta.
26.8.06
NOIVA DE CRISTO (intesse ou paixão?)
A NOIVA DE CRISTO, INTERESSE OU PAIXÃO?
Espera-se de uma noiva prestes ao casamento que demonstre paixão e amor fervoroso pelo seu noivo. Qualquer coisa menos do que isto é uma ofensa, uma traição, um engano.
Tenho vivido os últimos trinta anos da minha vida no ambiente da igreja evangélica. Tive a minha experiência com Cristo aos dezoito anos de idade. Fui tomado pela convicção de que era um pecador perdido e arrependi-me de todos os meus pecados. Imediatamente ingressei no convívio da igreja, o que me trouxe uma alegria extrema. Em 1981, recebi o chamado para o exercício do ministério e comecei a pregar a Palavra de Deus como pregador leigo, primeiro nas praças e ruas da minha cidade, evangelizando bêbados, drogados, prostitutas e passantes, sempre acompanhado de um grupo de inesquecíveis amigos. A seguir, meu pastor separou-me para as funções diaconais, o que prontamente atendi e procurei fazer sempre o meu melhor. Em 1987 recebi a imposição de mãos para o ministério pastoral, de lá para cá tenho tido a experiência de ensinar, evangelizar, discipular e pregar o Evangelho em diversos lugares, conhecendo uma infinidade de pessoas dos mais diferentes níveis sócio-culturais e tendo sempre a oportunidade de avaliar as suas expectativas quando chegam pela primeira vez na igreja.
Nada vem trazendo maior tristeza ao meu coração do que constatar os interesses pessoais norteando as experiências religiosas. Os templos estão abarrotados de pessoas que sonham com a casa própria, o carro novo, o pagamento de suas dívidas, prosperidade material de uma forma geral. Para alimentar esta expectativa, centenas de pregadores no rádio e TV, estimulam a presença ao templo para a solução de problemas financeiros apontando a fé como ferramenta para se conseguir o que quer de Deus. Na verdade, não sei se choro, sofro calado ou grito. Meu refúgio tem sido pastorear o meu rebanho e alimentá-lo com a Palavra de Deus.
O caso é muito mais sério do que parece. A NOIVA DE CRISTO, a Igreja, a que deveria arder de paixão pelo noivo, aproxima-se de Cristo com interesses impuros, achando que possui direitos adquiridos, enquanto o grave problema não é admitido ou sequer declarado: a sua pecaminosidade e imperfeição.
Cristo não vem buscar uma noiva interesseira. Quem troca momentos de afeto por benefícios materiais é uma prostituta, não uma virgem, noiva pura. Nossa relação com Cristo deve ser por amor. Nossa união com Cristo, por convicção de que Ele é o único Deus Salvador. Nossa esperança deve ser a de vir a viver com Ele para sempre.
Examine o seu coração. Qual é a sua motivação para vir ao templo? Interesse ou paixão? Medite nisto.
Espera-se de uma noiva prestes ao casamento que demonstre paixão e amor fervoroso pelo seu noivo. Qualquer coisa menos do que isto é uma ofensa, uma traição, um engano.
Tenho vivido os últimos trinta anos da minha vida no ambiente da igreja evangélica. Tive a minha experiência com Cristo aos dezoito anos de idade. Fui tomado pela convicção de que era um pecador perdido e arrependi-me de todos os meus pecados. Imediatamente ingressei no convívio da igreja, o que me trouxe uma alegria extrema. Em 1981, recebi o chamado para o exercício do ministério e comecei a pregar a Palavra de Deus como pregador leigo, primeiro nas praças e ruas da minha cidade, evangelizando bêbados, drogados, prostitutas e passantes, sempre acompanhado de um grupo de inesquecíveis amigos. A seguir, meu pastor separou-me para as funções diaconais, o que prontamente atendi e procurei fazer sempre o meu melhor. Em 1987 recebi a imposição de mãos para o ministério pastoral, de lá para cá tenho tido a experiência de ensinar, evangelizar, discipular e pregar o Evangelho em diversos lugares, conhecendo uma infinidade de pessoas dos mais diferentes níveis sócio-culturais e tendo sempre a oportunidade de avaliar as suas expectativas quando chegam pela primeira vez na igreja.
Nada vem trazendo maior tristeza ao meu coração do que constatar os interesses pessoais norteando as experiências religiosas. Os templos estão abarrotados de pessoas que sonham com a casa própria, o carro novo, o pagamento de suas dívidas, prosperidade material de uma forma geral. Para alimentar esta expectativa, centenas de pregadores no rádio e TV, estimulam a presença ao templo para a solução de problemas financeiros apontando a fé como ferramenta para se conseguir o que quer de Deus. Na verdade, não sei se choro, sofro calado ou grito. Meu refúgio tem sido pastorear o meu rebanho e alimentá-lo com a Palavra de Deus.
O caso é muito mais sério do que parece. A NOIVA DE CRISTO, a Igreja, a que deveria arder de paixão pelo noivo, aproxima-se de Cristo com interesses impuros, achando que possui direitos adquiridos, enquanto o grave problema não é admitido ou sequer declarado: a sua pecaminosidade e imperfeição.
Cristo não vem buscar uma noiva interesseira. Quem troca momentos de afeto por benefícios materiais é uma prostituta, não uma virgem, noiva pura. Nossa relação com Cristo deve ser por amor. Nossa união com Cristo, por convicção de que Ele é o único Deus Salvador. Nossa esperança deve ser a de vir a viver com Ele para sempre.
Examine o seu coração. Qual é a sua motivação para vir ao templo? Interesse ou paixão? Medite nisto.
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