
Vivemos dias muito difíceis. Os frutos dessa atmosfera densa e pesada não são nada agradáveis: famílias desestruturadas, fraqueza espiritual, desânimo, decepção... A lista é muito grande e não dá para impedir o seu crescimento. Pode acreditar, não é pessimismo, é realismo.
A Palavra de Deus fala de um tempo em que os homens não suportariam a sã doutrina, enfatizando que a Verdade seria resistida, rejeitada e desprezada. A profecia sugere ainda, que a palavra escrita teria pouco valor, o que propõe uma certa carência de pregadores sóbrios, entendidos e equilibrados. Além disso, a história nos mostra que quando a Verdade é rara, proliferam as superstições e os desvios morais. Sem dúvida, nossos dias são proféticos.
Como reagir a tudo isso? Como nos defendermos contra esse desprezo às Escrituras? Como nos proteger da ação de pregadores pouco recomendáveis, sem exercer juízo infamatório? Não são perguntas que merecem qualquer resposta. Tenho convicção de que a sobrevivência espiritual nesse momento, depende de apegarmo-nos com grande amor à Palavra e pedirmos a Deus que nos dê discernimento.
A Bíblia nos informa que os bereanos foram mais nobres do que os tessalonicenses. Embora Deus não faça acepção de pessoas, os bereanos destacaram-se pelo seu discernimento espiritual, fundamentado no exame das Escrituras. É essa atitude que nos enobrece.
Ter o hábito de examinar com cuidado o texto sagrado é que nos garantirá saúde espiritual. Além disso, só podemos exercitar discernimento se formos expostos a erros e equívocos doutrinários, e isto acontece todo tempo: é aquele irmão ou irmã que surge com alguma coisa que ouviu no rádio, na TV ou WEB; o pregador que ouvimos numa campanha de libertação na igreja x,y ou z; alguém que nos visita trazendo algo que não pode ser confirmado pela boa tradição dos apóstolos; o DVD que assistimos de um grupo de louvor do outro lado do mundo e etc...
Por essas e outras razões, venho propondo há muito tempo a edificação de uma igreja com fundamentos comunitários e totalmente submissa à sã doutrina. Quem tiver o mesmo espírito, dê-me a mão.